LO
Loba Gi
Nascida na capital paulistana, a escritora Loba Gi, cuja assinatura e posicionamento dentro da manifestação da escrita de rua são inspiradas na obra de Clarissa Pínkola Estés – “Mulheres que Correm com os Lobos”, criou seu primeiro letreiro em 2018 em conjunto com a Escritora de Rua Yaya, sua primeira referência artística dentro do
movimento, seguida da influência e incentivo da escritora Sujeitas.
Da dialética à ilegalidade da prática, sua produção é um grito de resistência que critica duramente o cerceamento da igualdade de gênero e a cultura que normaliza o discurso de violência contra a mulher. Na perspectiva da artista, a Escrita de Rua, vanguarda em muitos pontos, ainda reproduz o modelo machista.
Suas temáticas, adornadas nas cores preto fosco e vermelho sangue, passeiam entre o Sagrado Feminino e reproduções de frases politizadas, que denunciam e questionam o cenário político, legitimando a “artivista” como uma voz representativa que, por meio das modalidades “pixo de lata e rolinho” e “cabada”, manifesta suas opiniões em frases anônimas, nas quais exterioriza as dores de profundas feridas sociais.
No Fest.AR, a obra “+ cultura/ Educação transgressora-libertária”, de 2018, faz parte das ativações em realidade aumentada do festival (Rua da Consolação n°1289).
Crédito da foto: não localizado